Vicarious Liability
terça-feira, setembro 05, 2006
  213 Anos de "La Terreur" Republicano
Maximilien Robespierre, o génio do mal de "La Terreur"

Faz hoje, dia 5 de Setembro, 213 anos que, na França em pleno furor revolucionário da Primeira República Francesa, a Convenção Nacional, orgão na altura responsável pelo governo e pela direcção dos caminhos da Revolução e do prosseguimento dos seus objectivos imediatos e a longo prazo, aprova o começo do "Regne de La Terreur", uma série de medidas de um radicalismo, totalitarismo e jacobinismo extremos, que viria provar a ser, contudo, necessárias para a implantação segura do novo regime e da nova ordem Republicana, Jacobina, anti-monárquica e anti-clerical, culminando com uma série de perseguições e execuções públicas sob o fio da lâmina da Guilhotina aos chamados inimigos internos da Revolução e da República; entre eles, monárquicos, católicos, antigos nobres e aristocratas, membros da Casa Real de Bourbon, Girondinos e outros tantos que provassem ser capazes de se atravessar no caminho da Revolução Jacobina.

Para relembrar esta data marcante na nossa história, marcante pela infâmia do que viria a ser o primeiro dos símbolos dos totalitarismos republicanos vindouros, deixo-vos duas citações também elas marcantes; uma de Robespierre, o líder e mentor de todo este movimento extra-revolucionário, e outra de Madame Roland, que "a priori" havia sido uma das mais entusiastas defensoras aristocratas da Assembleia Nacional e da Revolução Francesa, na linha do iluminismo de Voltaire, de Rosseau e de Montesquieu, e que vem a ser uma das cabeças a serem decapitadas pela lâmina da Guilhotina, instrumento do "Terror" de Robespierre e do Jacobinismo totalitário, sendo ela própria traída pelos seus supostos correligionários políticos. A execução sumária de Madame Roland, de resto, marca bem o carisma imoral e perverso do "Terror" e do Republicanismo Jacobino, que relembramos hoje, com profundo luto.

"La terreur n'est autre chose que la justice prompte, sévère, inflexible." (O Terror mais não é que Justiça pronta, severa e inflexível.) - Maximilien Robespierre

"O Liberté, que de crimes on commet en ton nom!" (Oh Liberdade, que crimes se cometem em teu nome!) - Madame Roland
 
Comentários:
Nessa altura bastava uma simples denúncia, ou mesmo um boato e lá rolava mais uma cabeça.
Diz-se que em 2 anos foram decapitados pela lâmina da guilhotina mais de 20 000 franceses!
Infelizmente continua-se a matar em nome da Liberdade, em nome da Democracia e em nome de Deus!
Marianne
 
Deus, Marianne?

Certamente saberás que o "Regne de La Terreur" era anti-clerical e fortemente anti-católico, e que favorecia o culto paganístico-maçónico da Deusa da Razão.

Só se for esses, os Deuses a que te referes.
 
O meu último parágrafo refere-se à actualidade, mata-se sim, em nome de Deus (que é conhecido por diferentes nomes consoante a religião).
Marianne
 
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