213 Anos de "La Terreur" Republicano
Maximilien Robespierre, o génio do mal de
"La Terreur"
Faz hoje, dia 5 de Setembro, 213 anos que, na França em pleno furor revolucionário da Primeira República Francesa, a Convenção Nacional, orgão na altura responsável pelo governo e pela direcção dos caminhos da Revolução e do prosseguimento dos seus objectivos imediatos e a longo prazo, aprova o começo do "Regne de La Terreur", uma série de medidas de um radicalismo, totalitarismo e jacobinismo extremos, que viria provar a ser, contudo, necessárias para a implantação segura do novo regime e da nova ordem Republicana, Jacobina, anti-monárquica e anti-clerical, culminando com uma série de perseguições e execuções públicas sob o fio da lâmina da Guilhotina aos chamados inimigos internos da Revolução e da República; entre eles, monárquicos, católicos, antigos nobres e aristocratas, membros da Casa Real de Bourbon, Girondinos e outros tantos que provassem ser capazes de se atravessar no caminho da Revolução Jacobina.
Para relembrar esta data marcante na nossa história, marcante pela infâmia do que viria a ser o primeiro dos símbolos dos totalitarismos republicanos vindouros, deixo-vos duas citações também elas marcantes; uma de Robespierre, o líder e mentor de todo este movimento extra-revolucionário, e outra de Madame Roland, que "a priori" havia sido uma das mais entusiastas defensoras aristocratas da Assembleia Nacional e da Revolução Francesa, na linha do iluminismo de Voltaire, de Rosseau e de Montesquieu, e que vem a ser uma das cabeças a serem decapitadas pela lâmina da Guilhotina, instrumento do "Terror" de Robespierre e do Jacobinismo totalitário, sendo ela própria traída pelos seus supostos correligionários políticos. A execução sumária de Madame Roland, de resto, marca bem o carisma imoral e perverso do "Terror" e do Republicanismo Jacobino, que relembramos hoje, com profundo luto.
"La terreur n'est autre chose que la justice prompte, sévère, inflexible." (O Terror mais não é que Justiça pronta, severa e inflexível.) - Maximilien Robespierre
"O Liberté, que de crimes on commet en ton nom!" (Oh Liberdade, que crimes se cometem em teu nome!) - Madame Roland