O apelo ao facilitismo e a estratégia inatingível da Ministra
A Ministra da Educação, empenhadamente contra a exclusão e a frustração de oportunidades dos estudantes nos primeiros patamares da escolaridade, apela aos docentes para evitarem as reprovações no 1º ciclo do Ensino Básico.
Ora, se bem conheço as premissas do percurso pedagógico, uma reprovação significa que não foram atingidos os objectivos mínimos propostos para aquele ano de ensino, não foram realizadas as aprendizagens fundamentais. Conter “administrativamente” uma rentenção, pode parecer simpático, mas significa que os alunos transitam para o ano seguinte sem terem sedimentado os conhecimentos necessários do anterior. E é ao nível dos primeiros anos de escolaridade que essa sedimentação se quer mais exigente.
É concebível que um aluno possa desenvolver os estudos com conhecimentos insípidos de fisico-químicas, de História, ou de uma qualquer língua estrangeira. Mas é absurdo que o faça com um domínio deficiente da linguagem oral e escrita ou uma total incapacidade de raciocínio matemático ao nível das operações mais elementares (o trivial “ler, escrever e contar”, da doutrina do «Estado Novo», que parece absurdamente pouco exigente para os génios da pedagogia Democática).
Esta “simpatia” da Ministra, não é pois se não uma condenação irreversível ao insucesso. Insucesso esse que a mesma Ministra afirma estar tão empenhada em combater.
De facto, Maria de Lurdes Rodrigues tem uma estratégia para o Ensino em Portugal. Só não se consegue perceber é qual é...