Vicarious Liability
segunda-feira, janeiro 15, 2007
  To smoke or not to smoke

A Agência de Segurança Alimentar e Económica está a retirar do mercado nove marcas de tabaco por possuírem níveis de alcatrão e de monóxido de carbono acima dos permitidos pela lei portuguesa (basicamente, o que a lei diz é que o pessoal se pode matar, mas com cuidadinho). Na prática, os consumidores destas marcas, que representam uma minúscula percentagem da população fumadora em Portugal, vão ter que escolher outras marcas para saciar o vício, o que até pode ter aspectos positivos.

Para os tais consumidores, surge a oportunidade de poderem finalmente mudar para uma marca que seja vendida em todo o país, porque estas não se encontram em quase lado nenhum, e depois é chato estar tanto tempo sem fumar, ainda não percebi porquê, porque nunca fumei e espero nunca o vir a fazer – melhor para os fumadores, pior para os não fumadores, que vão ter que engolir fumo na mesma.

Por outro lado – menos bom para os fumadores, melhor para os que não fumam – estas eram marcas das mais baratinhas, logo vai ser difícil mudar para uma marca que não seja mais cara; ora isto significa um encaixe financeiro superior para o Estado português. Além do mais, como os níveis de alcatrão e monóxido de carbono eram elevados, o fumador há-de necessitar de uma quantidade maior de cigarros de outras marcas para compensar; ou então, consome menos quantidade de alcatrão e monóxido de carbono, o que significa que vai viver mais anos para engordar mais os cofres do Estado.

Concluindo, a estratégia de eliminar marcas baratas e pouco consumidas no mercado do tabaco pode ter um efeito positivo para a economia. No limite, sou defensor de uma marca única, cara, muito, mas muito fraquinha, de modo a obrigar o fumador a consumir apenas daquela, e em muita quantidade. Assim, pode ser que se lembrem de, já não digo baixar, mas ao menos não aumentar os impostos sobre combustíveis; isso sim, afecta-nos a todos, mesmo os que andam a pé ou de bicicleta, porque são precisos combustíveis para tudo, e tabaco não faz falta para nada.

 
Comentários:
Concordo plenamente com a tua teoria!
Também sou não fumadora e detesto que os fumadores me incomodem com o à vontade com que libertam para cima dos outros aquele alcatrão todo derretido!
Gostei particularmente do último parágrafo, mas não percebi como é que o aumento dos combustíveis afecta os que andam a pé, ou de bicicleta!
Marianne
 
Acaba por afectar, nem que seja pelo simples acto de, para ser feita a bicicleta em que te vais "montar", ter que ser gasto "x" de energia no seu fabrico, energia essa proveniente, no nosso Portugalzinho, na maior parte de centrais termoeléctricas (que usam petróleo, carvão, etc.).

Entretanto, eu sou fumador, e concordo com a medida do governo. Afinal de contas, quem fumava o Águia, o Coronas, o "Marbelo" (uma tentativa muito rasca de imitar o Marlboro) e outros afins, andava a poupar uns cêntimos por, provavelmente, na sua globalidade, mais um ano ou dois de vida, quiçá.

Com o teorema, corolário, postulado (enfim, chamemos-lhe o que quisermos!) do David, é que não. O problema é dos fumadores eles mesmos, e não de mais ninguém, até porque se em muitos restaurantes, pelo menos nas cadeias de restauração mais importantes, já existe compartimentação entre zonas de fumadores e não fumadores, a verdade é que cada vez mais se caminha para o reforço da legislação que proibe fumar-se em locais fechados. Como tal, o problema é do fumador, estando ele por sua conta.

O que é nitidamente errado e preocupante é que cada vez mais cedo se comece a fumar. Eu até admito que um estudante dum qualquer curso superior se entregue ao vício do tabaco; enfim, stress, exames, frequências, desilusões amorosas, eis um vasto leque de possíveis justificações plausíveis. Agora, um "mariolas" do 3º ciclo...? Give me a break...
 
Eu até propunha uma legislação para o tabaco mais eficaz. Se os os fumadores gostam de fumar e os não fumadores, por isso mesmo, não gostam, e não querem ter perto de si fumadores (a não ser que seja uma gaja extremamente boa que não tenha hálito de cinzeiro, e cuja beleza seja superior ao defeito do tabaco, suportando o custo de oportunidade), cada fumador devia de ser obrigado a transportar consigo um saco de plástico, no qual devia enfiar a cabeça cada vez que quisesse fumar. Era resolvida toda a polémica do fumar no lugar publico, pois assim eles poderiam fumar em todo o lado e a qualquer hora.
Para aqueles que não ficaram convencidos, e se querem uma opção mais barata ainda - no caso daqueles que fumam cigarros de origem duvidosa - sempre podem instalar uma mangueira no escape do vosso automóvel (os autocarros também servem, de preferência aqueles com mais de 20 anos e sem qualquer revisão ou inspecção... ups, será que existem outros?), colocar-lhe um bocal e toca de mamar ali o fuminho enquanto um amigo/a dá com a pata a fundo no acelerador.
Quanto aos putos que começam a fumar cada vez mais cedo, acho bem. É de pequenino que se torce o pepino (salvo seja) e é bom que comecem logo a saber comprar uma erva de qualidade, ter aquela sensibilidade a enrolar o papel, etc e tal.
P.S: Epah Diogo, finge que não leste isto, para não te chateares muito - não vá ires fumar mais ainda e isso faz-te mal rapaz.
 
"Gostei particularmente do último parágrafo, mas não percebi como é que o aumento dos combustíveis afecta os que andam a pé, ou de bicicleta!"
Tu estás a pôr em causa o pensamento de um membro do blog, cujo QI, devido a pertencer ao blog, é superior à média. De qualquer forma, eu vou responder-te: a frase não bem nesse sentido, sendo mais "mesmo os que andam a pé ou de bicicleta, porque são precisos combustíveis para tudo". Ou seja, não é dito pelo escritor qual é o combustível, e, por isso mesmo, até pode ser o pão (hidratos de carbono = energia = correr e fazer outras coisas acabadas em "er") . Ao diminuir o preço do combustível fóssil, gasóleo e gasolina, o preço de transporte do pão e da matéria prima para o seu fabrico vai diminuir também. Resumindo, custos mais baixos para o fabrico do pão, menor custo do pão.
Assim foi explicada a frase.
 
O Diogo explicou-me o custo do combustível para andar de bicicleta!
Tu explicaste-me o custo do combustível para andar a pé e o seu custo para outras coisas terminadas em ER.
Obrigado pelas explicações: já percebi! Depois do ER devemos repôr energias, isto é, combustível!
Marianne
 
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