Sobre a selecção nacional de hóquei em patins
Afinal Livramento não apareceu, o que de facto merecia uma queixa à DECO devido à publicidade enganosa feita pelas Testemunhas de Jeová (ver post de 12 de Julho). Já devia ter desconfiado de pessoas que preferem morrer do que fazer uma transfusão de sangue.
Contudo, não foi necessária a presença do hoquista infelizmente já falecido para vencermos os dois jogos da fase de grupos, o que não era mais do que uma obrigação da equipa nacional, que se assume naturalmente como candidata ao título europeu. Mesmo assim, é preciso dar os parabéns a esta selecção renovada, que só conta com dois dos dez campeões do mundo de 2003, que apesar de, em minha opinião, não se encontrar ainda ao nível dessa equipa histórica em termos técnicos, está preparada para jogar os jogos mais difíceis do campeonato (Espanha e/ou Itália) com muitas hipóteses de sucesso. Assim o esperamos, que seja excepção às contradições que se têm vivido no desporto português dos últimos anos: no futebol os seniores ficam em 2º no europeu e 4º no mundial e os sub-21 fazem um campeonato da Europa para esquecer; no atletismo ganhamos medalhas na velocidade e nas provas de fundo estamos literalmente a bater no fundo.
Venham os títulos de hóquei em patins, modalidade que é apenas importante em países como Portugal, Espanha, ex-colónias destes e Itália, mas é espectacular, o povo português gosta de ver, além disso joga bem e ganha. Merecia uma projecção diferente em Portugal, semelhante à de outros tempos, em que fazia capas de jornais e se relatava na rádio com a emoção que só se encontra hoje no futebol.